05/05/2008

Símbolos e ornamentos

signos
No começo eram signos.

Os povos de todos continentes e épocas empregaram estes signos em milhares de variações e combinações. O signo tornou-se símbolo. “Símbolo é toda palavra ou signo que ‘diga’ ou ‘signifique’ mais do que se percebe à primeira vista.”(C. G. Jung).

símbolos da água
Tornam-se símbolos da aguá...

símbolos do sol
Tornam-se símbolos do sol...



A experimentação rítmica com os signos deu origem ao ornamento, que, por sua vez, pode se tornar um símbolo.

Através da ornamentação é possível acompanhar a história da humanidade desde os seus primórdios. A necessidade que o homem sente da ornamentação, evidenciada à exaustão através dos séculos por todos os povos da Terra, pode ser atribuída ao elo fundamental que une o homem ao mundo que o cerca. Vista sobre esta ótica, a ornamentação é a escrita natural da humanidade: ela é proveniente dos seus próprios ritmos vitais. O ornamento surge na exteriorização de suas experiências, pois ele percebe a vida, a natureza, como um movimento rítmico. A passagem do dia à noite, as estações, as batidas do coração, a respiração, o movimento do vento, da água, o trajeto do sol, da lua e das estrelas.

O verdadeiro ornamento é tão antigo quanto o próprio homem; ele deriva da necessidade do homem de experimentar e de jogar com ritmos repetidos. Ele surge em todos os povos, independentemente uns dos outros, e está presente desde os tempos pré-históricos.

Mais notável ainda é o fato de que as formas básicas da ornamentação elementar são as mesmas em todas as partes do mundo. A palavra ornamento vem do latim ornare, decorar, e ordinare, ordenar. Le Coubesier diz: “A decoração se presta a divergências, porém a ornamentação pura e simples é como um signo: ela é uma síntese, uma tentativa de ordenação! A criação de ornamentos é uma disciplina de direito próprio.”

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